quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Cuba de Che – 50 anos depois da revolução

Izan Petterle e Frans Glissenaar

Nesta quarta feira, 17, o fotógrafo brasileiro Izan Petterle e o jornalista holandês Frans Glissenaar lançam o livro “Cuba de Che – 50 anos depois da Revolução”, na Livraria da Vila, no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo.

Tudo começou em abril de 2008, quando o fotógrafo e o jornalista decidiram refazer os caminhos trilhados pelo líder guerrilheiro Ernesto Che Guevara durante a Revolução Cubana. Depois de anos pesquisando e tramando a jornada, o brasileiro encontrou no holandês o parceiro ideal para compartilhar o trabalho. Tomando como guia o próprio diário de Che, Pasajes de la Guerra Revolucionaria -, partiram, então, exatos 50 anos depois, em busca dos vestígios desse capítulo singular da História.

Desde a morte prematura de Che, Cuba experimenta uma espécie de sebastianismo em torno da figura legendária do guerrilheiro. E essa espera mística, que nos anos 70 extrapolou as fronteiras do pequeno país para se tornar o símbolo máximo da revolução idealista e transformadora, sempre alimentara a imaginação de ambos os autores.

Mas, além dos 3900 quilômetros de terra a desbravar, jornalista e fotógrafo ainda tinham outros desafios. Por sua história sui generis e singularidades culturais, Cuba sempre esteve sob a mira de muitos artistas e escritores. E depois de tantas imagens e palavras que sempre inundaram nossos olhos quase que compulsoriamente, como ver o lugar sob novas perspectivas?

A tomar por essa problemática, poderíamos pensar que um livro sobre Cuba, fosse, hoje, apenas mais um livro sobre Cuba. Até porque, quem se aventura a registrar ou fazer qualquer tipo de reportagem sobre o lugar ainda tem uma outra questão a resolver: a censura. Jornalistas dificilmente conseguem tirar algum depoimento dos moradores, que, como todos sabemos, não podem manifestar livremente suas opiniões, não têm liberdade de ir e vir.

A postura adotada pelos dois autores, então, foi deixar o lado meramente objetivo para assumir a integridade subjetiva. Assim, o que temos nesse “Cuba de Che, 50 anos depois da revolução” é a soma de visões de dois estrangeiros sobre o local. Como bons ouvintes e observadores, jornalista e fotógrafo simplesmente deixara-se se guiar pela intuição, deslocando-se por entre vestígios, resquícios, pistas que nos induzem a formar nossos próprios pensamentos sobre o lugar.

A despeito de qualquer marasmo que possa pairar sobre novos textos e novas imagens de Cuba, os autores conseguiram criar um diário íntimo e envolvente, costurando narrativas visual e textual a partir de dados históricos e ação no tempo presente, passando ao espectador/leitor uma profusão silenciosa de sensações, de fé e desencanto de um povo que se reinventa bravamente, a cada dia. Suspensa no tempo e no espaço, eis um retrato de Cuba: à espera.

Trecho do livro
“Na tarde seguinte, decidimos retornar a Playa las Coloradas. Torcemos para cruzar de novo com os soldados que tínhamos visto no dia anterior; talvez pudessem estar içando uma bandeira ou fazendo algum outro tipo de cerimônia. Mas eles não estão aqui hoje. Em seu lugar, encontramos o vigia do monumento e do museu; ele nos diz que é absolutamente proibido caminhar pelo píer após as 18h. Depois de longas deliberações, ele concede a Izan permissão para fazer uma foto à beira-mar enquanto me mostra o museu. Ali, começo a compreender como as pessoas sabem que este foi o local onde o Granma ancorou: o museu reúne muitos objetos coletados ao longo dos anos no mangue – armas perdidas, uma mochila, sacos de dormir e outros objetos, como um guia turístico da Cidade do México. Além disso, não há mais muita coisa a se ver no museu; o bar e o terraço adjacente são maiores do que as duas salas pequenas de exposição. O zelador reclama da falta de visitantes. É verdade que no dia 1º de maio o lugar fica apinhado de gente por causa das manifestações no estacionamento – que agora está deserto. Ele sugere que deveriam fazer um restaurante com ar-condicionado em vez do bar ao livre. “Do lado de fora faz calor demais, principalmente para os turistas estrangeiros.” Sinceramente, duvido que muitos turistas estrangeiros viriam até aqui por causa de uma mudança desse tipo, já que o lugar vai continuar sendo distante e remoto”.

Sobre os autores

Izan Petterle é um dos mais importantes colaboradores da National Geographic Brasil, atuando na revista desde seu lançamento no país, em maio de 2000. O ineditismo e riqueza de seu trabalho já lhe renderam três primeiros lugares do Prêmio Abril de Jornalismo 2000, 2001 e 2007, na categoria Reportagem Fotográfica. O editor da revista, Ronaldo Ribeiro, refere-se ao seu trabalho da seguinte maneira: “Os anos de andanças fizeram dele um documentarista sensível e objetivo. Os personagens que documenta exaltam suas raízes, fé, sentimentos. Eles ostentam a expressão e a vitalidade dos trópicos”.


Frans Glissenaar (Montfoort, Holanda, 1960) é jornalista freelancer há mais de 25 anos. Trabalhou em revistas, jornais e programas de televisão em seu país. Na função de jornalista, viajou várias vezes para a Ásia (Indonésia, Vietnã) e pelo continente latino-americano. Produziu junto com Izan Petterle no Brasil reportagens para a edição holandesa da revista National Geographic.


FICHA
Título: “Cuba de Che, 50 anos depois da revolução”
Autores: Izan Petterle (fotografias) e Frans Glissenaar (textos)
Edição: 1ª
Ano de Publicação: 2008
ISBN: 978-85-99146-62-0
Tamanho: 28 x 18 cm
Número de páginas: 144
Gênero: Fotografia, História, Arte, Aventura
Editora: Carlini & Caniato Editorial
Preço: R$ 89

CONTATO
Do autor: izan@izanpetterle.com;
Da editora:
Cuiabá: (65) 3023-5714
São Paulo: (11) 2063-8961
contato@tantatinta.com.br

SERVIÇO
Lançamento do livro
Quando: Dia 17 de dezembro de 2008, quarta feira, das 18h30 às 21h30
Onde: Livraria da Vila – Shopping Cidade Jardim
Av. Magalhães de Castro, 12000, São Paulo-SP
Pista Local da Marginal Pinheiros, entre as pontes Cidade Jardim e Morumbi
Informações: tel. (11) 3755-5811

Informações para imprensa
Érica Rodrigues
11. 9891 7170
sintaxepaulista@gmail.com.br

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Paixões em Manuel de Barros

A importância de ser pantaneiro
Lucy Ferreira Azevedo


Livro Analisa as Paixões do Pantaneiro na obra de Manoel de Barros
Neste livro, a autora analisa as paixões do pantaneiro/bugre na obra de Manoel de Barros, poeta enraizadamente pantaneiro, que ressalta em sua produção poética as cores e a geografia do Pantanal. As paixões, que afloram em sua poética, permitem uma visão privilegiada dos modos de constituição e de construção lingüística dessas paixões.
“Uso a palavra para compor meus silêncios” – esta é a deixa para faiscar em nós o desejo de leitura do texto-paixão!
Todas as línguas têm categorias de expressão que se apresentam repetidamente e correspondem a um mesmo modelo constante, porém suas funções, seu sentido mais agudo, só aparecem quando elas são desnudadas no exercício da linguagem/língua. Em uso, a língua mostra marcas particulares – variações/variedades – de grupos, regiões, diversidades que se constituem em seu discurso, quando assumidas por um sujeito. Esse discurso parte da identidade de um indivíduo que, por sua vez, emerge de um universo de conhecimentos e de paixões construídos dentro de determinada cultura. Em Manoel de Barros, poeta pantaneiro, a autora encontra, flagrando o discurso, um campo de possibilidades de visão dessas características, pois sua produção poética ressalta as cores e a geografia do Pantanal conjugadas numa estética viva que, verso a verso, tece e traça o perfil identitário do homem pantaneiro e como isso reflete na poesia do poeta, para representar um ethos da alma pantaneira. As paixões afloram no enredar poético e, assim, permitem ao analista uma visão privilegiada dos modos de constituição e de construção lingüística dessas paixões.
“Busco ver em que medida a cultura e o homem pantaneiros estão imbricados na obra de Manoel de Barros. O autor expõe a memória social de seus grupos, de onde convergem suas tradições, costumes, como ressignificam suas atitudes, muitas vezes, em total conflito, porque o conhecimento é o resultado de uma postura avaliativa diante da vida, do mundo real e resulta de uma opinião que pretende ser pessoal. O resultado é, em meu entender, uma manifestação, aqui e agora, de um processo discursivo muito social e, sobretudo, muito particular. Produtora e reprodutora de uma cultura. Cultura, nesta perspectiva, está na inter-relação Discurso, Sociedade e Cognição e seria, então, a produção de efeitos de discurso (o que leva o homem ao conhecimento de si mesmo e do mundo). Cultura não vista só como produtora de efeitos pragmáticos (no sentido do senso comum), utilitaristas que fazem parte do cotidiano do homem (construção de casas, técnicas de plantio, etc). Referência do mundo, mas ao mesmo tempo estruturante do conhecimento e extensão simbólica de nossa ação sobre o mundo”, concluiu a autora.
Manoel Wenceslau Leite de Barros (Manoel de Barros) nasceu em Cuiabá, Mato Grosso e, em seguida, mudou-se para o interior do Estado – Corumbá. Atualmente, vive em Mato Grosso do Sul. Grande parte do desenvolvimento de sua obra, iniciada em 1937, com Poemas concebidos sem pecado, foi escrita fora de sua terra natal.

Sobre a autora
Lucy Ferreira Azevedo
é graduada em Letras, pela Universidade de Mogi das Cruzes (1973); mestra em Educação, pela UFMT (1999); doutora em Língua Portuguesa, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006); pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Cultura (Nucom) – Comunicação Social – Instituto de Linguagens, linha de pesquisa: Comunicação e Cultura, UFMT. Leciona Português e Lingüística na Universidade de Cuiabá – Grupo IUNI Educacional. Publicou o livro Lendo Lendas (Carlini & Caniato Editorial, 2005); é coordenadora do Processo Seletivo e do Curso de Letras da UNIC; integrante e pesquisadora do GEL-USP; revisora e organizadora de diversas publicações; foi orientadora do Mestrado em Educação da UNIC e professora da Pós-graduação da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro-RJ.

FICHA TÉCNICA
Autora: Lucy Ferreira Azevedo
Edição: 1ª
Data de Publicação: 2008
ISBN 978-85-99146-55-2
Tamanho: 13,8x20,8 cm
Nº de páginas: 136
Editora: Carlini & Caniato
Preço: R$ 25,00
Contatos:
Editora TantaTinta/Carlini & Caniato
(65)3023-5714/5715
comercial@tantatinta.com.br

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Do Rádio ao Telejornalismo: a trajetória de um aprendiz

Elias Neto, apresentador da na TV Centro América, lança livro pela Carlini&Caniato.


Sobre a obra
A trajetória de um aprendiz no fascinante mundo da notícia. Realizações e desilusões vividas por quem é parte da história do rádio e da televisão mato-grossenses no fim do século XX e começo do XXI. Um convite à reflexão sobre a prática cotidiana da nobre missão de informar. “No meio jornalístico, correspondentes em geral costumam viajar de avião, navio, helicóptero,... Eu, o Correspondente Difusora, no entanto, tinha como meio de transporte uma bicicleta...” (ELIAS NETO).

A principal característica desta obra são os planos paralelos entre o desenvolvimento do rádio em Mato Grosso e a trajetória do autor, que começou ainda menino. Contando sua caminhada, as informações e suas reflexões mostram que foram organizadas por um jornalista. Os períodos curtos, os tempos verbais, os adjetivos precisos são demonstrativos.­

Com sua formação acadêmica, Elias Neto poderia optar por discutir grandes modelos teóricos sobre meios, códigos, entre outros temas da comunicação moderna, porém preferiu partir de si mesmo, de sua liberdade pessoal, assim como fez de seu Jornalismo um compromisso sincero e ético. Como homem, buscou na família a inspiração para suas ações e o ajuste perfeito para as suas determinações, sempre ligado ao espaço físico e cultural mato-grossense.

“As reflexões do jornalista Elias Neto compartilham o profundo amor que ele tem por suas origens, praticando o que o pensamento kantiano desenvolve sobre a liberdade também ser constituída de espontaneidade absoluta, ou seja, atividade que não recebe outra determinação senão de si mesma. A partir do entendimento de que comunicação é exercício de liberdade que flui de si mesmo, desenvolve um “pano de fundo”, outro plano da obra que, em ondas, mostra o homem: começando pelo ingênuo – a juventude tem essa beleza –, passando pelo apaixonado pela vida, até chegar ao comunicador consciente da utilidade pública, do valor comunitário que representa o seu labor, e pela responsabilidade que sua profissão encerra”.
Lucy Azevedo Almeida – Doutora em Língua Portuguesa.

Sobre o autor
Elias Neto nasceu em Cáceres-MT, em 1959. Fez faculdade de Jornalismo pelo Instituto de Ensino Superior de Várzea Grande-MT (IVE). Foi aluno de escola pública até o antigo 2º Grau. Ingressou na profissão em 1979, na rádio Difusora de Cáceres, como locutor noticiarista e animador de programas. Mudou-se para a rádio Cultura de Cuiabá, em 1982. Passou também pela rádio Vila Real e TV Brasil Oeste. Foi para a TV Centro América, afiliada à rede Globo, em 1984, como Editor Apresentador e depois Editor Chefe e Apresentador. Entrou para a história como o primeiro apresentador que ultrapassou duas décadas no mesmo telejornal,em Mato Grosso.
É pós-graduado em Didática do Ensino Superior; professor universitário e Mestre de Cerimônia. Ministra cursos de Oratória. Já recebeu diversos prêmios, entre eles o Troféu A Crítica Mérito Rondon, por duas vezes, como melhor apresentador de televisão.

Ficha Técnica
Autor: Elias Neto
Edição: 1ª
Data de Publicação: 2008
ISBN 978-85-99146-57-6
Tamanho: 20,8 x 13,8 cm
Nº de páginas: 160
Gênero: Comunicação / Jornalismo / Biografia
Editora: Carlini & Caniato
Preço: R$ 25,00
Contatos:
Editora TantaTinta/Carlini & Caniato
(65)3023-5714/5715
comercial@tantatinta.com.br

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O mundo da fotografia é tema de livro

Obra do historiador João Antônio, lançada pela Carlini & Caniato Editorial

A arte e a história da fotografia e seu importante papel no cotidiano da sociedade mato-grossense em franca expansão são os temas do livro “Ofício e Arte: fotógrafos e fotografia em Mato Grosso – 1860-1960”, do pesquisador João Antonio Botelho Lucidio, que será lançado no próximo dia 18 (terça-feira), às 19 horas, no Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (Rua Barão de Melgaço, 2.869, centro, Cuiabá).


Recheado com 250 fotos garimpadas pelo autor durante quatro anos de pesquisa, a obra é um estudo sobre alguns dos fotógrafos que visitaram ou viveram em Mato Grosso entre 1860 e 1960, além de um estudo apurado que observa de que modo o uso da fotografia foi ampliado e se tornou parte dos hábitos de consumo dos mato-grossenses. Traz, acima de tudo, a visão de mundo do fotógrafo que, nos seus primórdios era, antes de tudo, um viajante. “Não é um apanhado de pequenas biografias, mas uma reflexão sobre aspectos e momentos da história mato-grossense a partir das lentes e olhares perspicazes e, às vezes ingênuos, de homens que enfrentaram o sertão em lombos de burros, navegando rios, em boleias de caminhões, ou em pequenos aviões e deixaram registros em imagens fotográficas de situações, eventos, pessoas, obras e paisagens”, resume o autor. A publicação é co-edição entre a Editora da UFMT e a Carlini & Caniato Editorial.
“Ofício e Arte ...” é o resultado de um trabalho de pesquisa aprofundado de João Antônio, que é historiador e professor no Departamento de História da Universidade Federal de Mato Grosso, graduado pela Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais, e mestre pela Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro. Atualmente, cursa doutorado na Universidade Nova de Lisboa, de Portugal.
Ele explica que selecionar as fotos foi um trabalho árduo, mas ao mesmo tempo muito prazeroso. “Consultei mais de 40 mil fotografias, dispersas em várias cidades e estados. Entre os critérios de seleção estavam a antiguidade, a identificação, a historicidade, o antropológico e o estético”.
Para o editores Ramon Carlini e Elaine Caniato, o trabalho de João Antônio parte de uma percepção diferenciada da fotografia. Mais do que ilustrar ou registrar, ela é vista como ferramenta para produzir conhecimento em História. “Ele centra seus esforços no sentido de entender a fotografia como documento e ao mesmo tempo procura dar visibilidade ao fotógrafo como autor de uma peça documental datada no tempo e no espaço, passível de leituras e interpretações”, explicam os editores.
Um passeio de automóvel, fato importante o suficiente para ser registrado nos idos de 1920, uma foto rara da família Ferrari, que residiu em Cuiabá na primeira década do século XX. Um índio da etnia Yawalapiti observando, muito provavelmente pela primeira vez, um avião na Serra do Roncador, em 1949. Imagens raras, que demonstram o poder e o fascínio despertado pela fotografia nos anos iniciais de seu uso.
Uma viagem que vale a pena viajar.

O Autor
João Antonio Botelho Lucidio é professor do Departamento de História da Universidade Federal de Mato Grosso. Graduado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (MG), mestre pela Universidade Federal Fluminense e doutorando pela Universidade Nova de Lisboa.
Em Guiratinga - MT, estudou no Instituto Bom Jesus – fundado pelos Salesianos desde o início dos anos de 1930 –, onde recebeu sólida formação escolar. Como a maioria dos alunos do colégio, participava das ações catequéticas ministradas pelos religiosos no Centro Social Pio XII. Ali, os padres mantinham um cinema com objetivos de transmitir ensinamentos cristãos. As aulas de catequese ilustradas com slides e ao filmes projetados aguçavam a mente fantasiosa do então menino e o transportava para mundos desconhecidos, como o distante Oriente. Talvez, tenha surgido ali o gosto pelas imagens e pela História.
Nos últimos cinco anos, João Antonio tem dedicado muito de seu tempo a localizar e organizar acervos fotográficos, tanto de instituições, como coleções privadas (de famílias). Entre os trabalhos de maior vulto, coordenou os seguintes projetos: Conservação e Digitalização do Acervo Iconográfico Lázaro Papazian; Memórias do Saber: Digitalização das Imagens da Comissão Rondon em Mato Grosso; Conservação do Acervo Iconográfico da Casa dos Jesuítas em Mato Grosso, além de ter identificado e digitalizado os acervos de diversas famílias mato-grossenses.


Anônimo
“Passeio de Automóvel”
Cuiabá, MT, c. 1920
Gelatina e prata, p&b, 9 x 12 cm.
Acervo: Museu da Imagem e do Som de Cuiabá
O momento de maior transformação do espaço urbano da capital de Mato Grosso ocorreu durante a administração do governador Mário Corrêa da Costa (1926-1930). Foi ele quem chamou para si a responsabilidade de adaptar a capital e o Estado ao transporte rodoviário.



Pe. Edgar Jacob Schmidt
“Diversão no rio Papagaio” - Missão Santa Terezinha do Utiariti, Prelazia de Diamantino, MT, 1956
Gelatina e prata, p&b, 9 x 12 cm.
Acervo: Missão Anchieta, Centro João Burnier



Foto Ferrari
“Tenente Accioly e sua família”
Cuiabá, MT, 1919
Albúmen: 17 x 11 cm.
Acervo: Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso
Coleção Família Rodrigues
Os irmãos Ferrari, que haviam residido em Cuiabá na primeira década do século XX, parece que, ligados a Antonio (Tóto) Paes de Barros (1902-1906), se mudaram da cidade logo após seu assassinato e só retornaram à capital mato-grossense por volta de 1918. Nessa nova fase, dedicaram-se mais aos retratos e aos eventos socais, tão comuns naquela época.

Pe. Edgar Jacob Schmidt
“Mário ouve com gosto, como os outros aprendem a pronunciar o ‘O’” - Missão Santa Terezinha do Utiariti, Prelazia de Diamantino, MT, 1954 - Gelatina e prata, p&b, 9 x 12 cm.
Acervo: Missão Anchieta, Centro João Burnier


Anônimo
“Casa Calapalo”
Xingu, MT, c. 1940
Gelatina e prata, p&b, 12 x 18 cm.
Acervo: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro Coleção Ramiro Noronha



Jose Medeiros
“Índio Yawalapiti”
- Serra do Roncador, MT, 1949 - Gelatina e prata, p&b.
Acervo: Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro, RJ.



Pe. Edgar Jacob Schmidt
“Visita de missionários à aldeia do Capitão Júlio”
- Missão Santa Terezinha do Utiariti, Prelazia de Diamantino, MT, 1954
Gelatina e prata, p&b, 12 x 9 cm. - Acervo: Missão Anchieta, Centro João Burnier


Anônimo
Capitão Antonino
Posto Simões Lopes, MT, c. 1922
In: Rondon, 1953
Acervo: Missão Anchieta, Biblioteca Katukulosu
Na origem, esta fotografia vem com a seguinte legenda: “O histórico capitão Antonino, chefe da tribo Bacairí, que acompanhou a expedição Karl von den Steinen em 1883 e dirigiu ainda há pouco tempo a tribo. Faleceu com cerca de 80 anos de idade, recentemente” (Rondon, 1953).

Marc Ferrez
“Menino índio”
Mato Grosso (?), 1880
Albúmem, 23,9 x 17,9 cm.
Acervo: Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro, RJ

Erich Joachim Hess
“Casa do Alferes, na Rua Voluntários da Pátria”

Cuiabá, MT, 1945
Gelatina e prata, p&b, 18 x 24 cm.
Acervo: Museu da Imagem e do Som de Cuiabá

Wilhelm von den Steinen
Os líderes da expedição ao Xingu.
Cuiabá, MT, 1884
Litografia: Johannes Gehrts
In: Steinen, 1886
Acervo: Paulo Pitaluga Costa e Silva
Da esquerda para a direita: Dr. Otto Clauss, Karl von den Steinen e Wilhelm von den Steinen.



Ficha Técnica
Autor: João Antonio Botelho Lucidio
Edição:
Data de Publicação: 2008
ISBN: 978-85-99146-59-0 (Carlini & Caniato) / 978-85-327-0298-2 (EdUFMT)
Tamanho: 31,5 x 22,5 cm
Nº. de páginas: 256
Gênero: Fotografia, História, Arte
Preço: R$ 128,00
Editoras: Carlini & Caniato Editorial / EdUFMT
Contatos: (65) 3023-5714 / 5715 – comercial@tantatinta.com.br

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A Madona de um grande escritor

Ricardo Guilherme Dicke
Madona dos Páramos





Release

Sobre a obra
Doze foragidos da força policial mato-grossense se embrenham sertão adentro, a cavalo, em busca da terra da Figueira-Mãe – promessa de bem estar e justiça. Como num ritual de iniciação, a jornada pelo sertão do tuaiá é uma travessia de enfrentamentos contra o clima e a geografia daquele espaço inóspito espelhado no sertão interior das personagens. Entre os doze, a Moça Sem Nome - arrebatada do lar e da família à força – é a mulher-símbolo santa e pecadora. Embora se mantenha imaculada, suas curvas serpenteando no andar dos cavalos atraem o desejo de todos. Dos mistérios de seu destino surge a madona naquele sertão inóspito.
Madona dos Páramos é a bem-vinda segunda edição do terceiro romance na obra de Ricardo Guilherme Dicke. Numa reconfiguração do regionalismo tradicional, o elemento local, embora presente, não se curva às referências apologéticas aos aspectos e ícones locais, e é substituído pela valorização da qualidade literária que o apresenta.



Sobre o autor
Ricardo Guilherme Dicke nasceu em 1936, em Chapada dos Guimarães-MT. Seu primeiro livro, Caminhos de Sol e Lua, foi escrito em uma fazenda, onde também pintou muitos quadros expostos em Cuiabá (1961). Licenciou-se em Filosofia, especializou-se em Merleau-Ponty e cursou mestrado em Filosofia da Arte, tudo pela UFRJ. Participou do XV Salão de Arte Moderna, no Rio (1966). Estudou pintura e desenho com Frank Schaeffer e Ivan Serpa. Trabalhou como revisor, redator e tradutor; foi repórter e pesquisador do 2º Caderno de O Globo. De volta a Cuiabá, trabalhou como professor e jornalista e fez diversas exposições de pintura. Escreveu os seguintes livros: Deus de Caim (Edinova), 4º lugar no Prêmio Walmap (1968); Como o Silêncio, 2º lugar no Prêmio Clube do Livro (São Paulo, 1968); Caieira (Francisco Alves, 1978), Prêmio Remington de Prosa (1977); Madona dos Páramos (Edições Antares, 1981), Prêmio Nacional da Fundação Cultural do Distrito Federal (1979); Último Horizonte (Marco Zero, 1988); A Chave do Abismo (Fundação Cultural de Cuiabá, 1986); Cerimônias do Esquecimento (EdUFMT, 1999), Prêmio Orígenes Lessa da UBE (1995); Rio Abaixo dos Vaqueiros e O Salário dos Poetas (Secretaria de Cultura de Mato Grosso, 2001); Conjunctio Oppositorum (Secretaria de Cultura de Mato Grosso, 2002), Deus de Caim (afabrika, 2006) e Toada do Esquecido & Sinfonia Eqüestre (Cathedral/Carlini&Caniato, 2006). Recebeu da UFMT o título de Doutor Honoris Causa (2004). Seu romance O Salário dos Poetas foi adaptado para teatro e apresentado em Lisboa (2005). Dicke faleceu em 9 de julho de 2008.


Autor: Ricardo Guilherme Dicke
Edição: 1ª
Data de Publicação: 2008
ISBN: 978-85-99146-56-9 (Carlini & Caniato)
ISBN: 978-85-88504-23-3 (Cathedral Publicações)
Tamanho: 15,8 x 22,8 cm
Nº. de páginas: 474
Gênero: Ficção Brasileira
Editoras: Carlini & Caniato Editorial; Cathedral Publicações
Preço: R$ 48,90
Contatos:
(65) 3023-5714 / 5715
comercial@tantatinta.com.br

Buquê de Línguas



RELEASE

Sobre a obra
Buquê de Línguas é uma publicação póstuma com quatorze contos distintos, sobre diferentes povos, lugares e costumes, sendo que o carro-chefe, conto homônimo que dá título à obra, foi premiado com Menção Honrosa no Concurso de Contos Guimarães Rosa, em Paris, 1999. Tereza Albues, partiu em 2005, deixando uma herança incomensurável de obras publicadas e tantas outras inéditas, à exemplo desta edição. Aqui, a autora surpreende com amores ardentes, fúrias incontidas e paixões descabidas; assustando, pela sua veracidade, os desavisados leitores.

Sobre o autor
Tereza Albues, escritora mato-grossense, graduada pela UFRJ em Direito, Letras e Jornalismo, tem quatro romances publicados no Brasil: Pedra Canga (Philobiblion: Rio de Janeiro, 1987), Chapada da Palma Roxa (Atheneu: Rio de Janeiro, 1991), A Travessia dos Sempre Vivos (Cuiabá: EdUFMT, 1993), O Berro do Cordeiro em Nova York (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995), sendo os três últimos lançados na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro. Tem ainda contos publicados na antologia Na Margem Esquerda do Rio: Contos de Fim de Século (São Paulo: Via Lettera, 2002). Na França, publicou o romance A Dança do Jaguar (Paris: Editions 00h00, 2001), lançado no Salão do Livro. O romance Pedra Canga, traduzido para o inglês por Clifford E. Landers, foi publicado pela Green Interger, Press (EUA, 2001). Em 1999, recebeu Menção Honrosa no Concurso de Contos Guimarães Rosa, promovido pela Radio France Internationale, de Paris, com o conto ‘Buquê de Línguas’. Seu nome consta no livro História da Literatura de Mato Grosso – Séc. XX, de Hilda Magalhães (Unicen Publicações, 2001); na Enciclopédia de Literatura Brasileira, direção de Afrânio Coutinho e J. Galante de Souza (Rio de Janeiro: FBN/DNL/Academia Brasileira de Letras, 2001); e no Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras, de Nelly Novaes Coelho (São Paulo: Escrituras, 2002). Faleceu no dia 5 de outubro de 2005 em Nova York, onde residia, deixando vários trabalhos inéditos.


Autor: Terza Albues
Edição: 1ª
Data de Publicação: 2008
ISBN: 978-8599146-58-3
Tamanho: 13,8 x 20,8 cm
Nº de páginas: 144
Gênero: Literatura / Contos
Editora: Carlini & Caniato
Preço: R$ 29,80
Contatos:
Editora TantaTinta/Carlini & Caniato
(65)3023-5714/5715
comercial@tantatinta.com.br

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sertão Encarnado: Exposição se encerra após milhares de visitas

Milhares visitantes passaram pela exposição “Sertão Encarnado” desde a sua abertura, no dia 20 de agosto, até o último domingo, no Museu do Morro da Caixa D’água Velha. A mostra, que prestou homenagem ao centenário de nascimento do escritor mineiro João Guimarães Rosa, encantou cuiabanos e visitantes de outras cidades, estados e até de outros países, que foram ao museu para conhecer um pouco mais da vida e obra de Rosa e três outros autores que tiveram o sertão como tema de seu trabalho: Afonso Arinos, Euclides da Cunha e Graciliano Ramos.

Entre os visitantes, além dos cuiabanos, muitos mato-grossenses do interior do Estado, de cidades como Alta Floresta, Sinop e Nortelândia.

São Paulo, Goiânia, Aracaju, Porto Velho, Campo Grande, Brasília, Rio Branco, Cascavel, Belém. Turistas de diversos estados brasileiros que estiveram em Cuiabá a passeio ou trabalho inseriram o Museu no seu roteiro de passeio. Também passaram pelo local visitantes de Portugal, Argentina, Estados Unidos, Austrália, Alemanha e Japão.

Porém, entre os visitantes mais freqüentes estavam os alunos das escolas públicas e privadas da grande Cuiabá e algumas do interior. Destaque também para outros tipos de grupos, como os de terceira idade.

A exposição Sertão Encarnado é uma realização da Via Social Projetos Culturais e Sociais, com patrocínio oficial da Case Construction (fabricante de máquinas de construção e máquinas agrícolas). Em Mato Grosso, teve a produção da Acênica (Associação das Artes, Comunicação e Cultura de MT) e da Editora TantaTinta, e parceria institucional do Governo do Estado e da Prefeitura de Cuiabá, além da Atrativa Engenharia e Carlini & Caniato Editorial. O projeto teve o patrocínio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Informações: (65) 3023-7829.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Pesquisa vai definir perfil dos visitantes da exposição




Traçar o perfil de quem anda visitando a Exposição "Sertão Encarnado", no Museu do Morro da Caixa D´água Velha, no Centro de Cuiabá, é o objetivo de uma pesquisa que estará sendo realizada até sexta (19) pelos alunos do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Unirondon. De caráter estatístico, o levantamento conta com a orientação da professora Deise Aguena. Os visitantes da exposição, que foi aberta no dia 20 de agosto e segue até o dia 19, respondem a um questionário com perguntas simples sobre faixa etária, escola na qual estuda, além de outras sobre sua expectativa e avaliação da exposição, sua freqüência ao Museu e os meios de informação pelos quais ficou sabendo da exposição. O objetivo, segundo a estudante Gisele Teixeira, uma das pesquisadoras, é conhecer melhor o público que freqüenta este tipo de evento.


Além de Gisele, fazem parte da pesquisa os estudantes Felipe Nascimento, Camila Natálha, Cintia Eleonora, Francisnéia Cristina e Isabella Tremura. Eles se revezam em duplas, e ficam no museu em dias alternados da semana. Nos domingos, quando há mais visitantes, todos comparecem ao museu. Fotos e filmagens completarão a pesquisa. Para o editor Ramon Carlini, da Carlini & Caniato Editorial, uma das apoiadoras da exposição, os dados levantados serão de grande importância para se conhecer o público cuiabano e mato-grossense interessado em cultura. "Com estes dados, poderemos até mesmo planejar melhor ações futuras no ramo de cultura, até porque a Carlini & Caniato tem esse perfil de investir em eventos culturais, que consideramos de suma importância para o desenvolvimento de Mato Grosso". A exposição A exposição "Sertão Encarnado" é uma homenagem aos 100 anos de nascimento do escritor mineiro João Guimarães Rosa.


Reúne a obra do autor de "Grande Sertão: Veredas" e de outros três nomes da literatura brasileira que tiveram o sertão como cenário-personagem de seus romances: Euclides da Cunha (1866-1909), Afonso Arinos (1868-1916). A programação visual da exposição, com 36 totens de 4 faces, totalizando 144 painéis, leva a assinatura do designer Flávio Vignoli e ilustrações de Roberto Luiz Marques. As características do sertão retratadas pelos autores estão representadas sob os temas Sol (paisagem, mito, vontade), Homem (vida, amor, morte) e Sombra (lida, coisas, fim). Com produção da Acênica (Associação das Artes, Comunicação e Cultura de MT) e da Editora TantaTinta, a exposição Sertão Encarnado é uma realização da Via Social Projetos Culturais e Sociais, com patrocínio oficial da Case Construction (fabricante de máquinas de construção e máquinas agrícolas).


Em Mato Grosso conta com a parceria institucional do Governo do Estado e da Prefeitura de Cuiabá, além da Atrativa Engenharia e Carlini & Caniato Editorial. A viabilização é do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Carlini & Caniato Editorial traz paradidáticos sobre cultura e história de Mato Grosso



Muitos professores, pesquisadores e outros profissionais da Educação sentem falta de livros que enriqueçam o conteúdo dos livros didáticos. Faltam especialmente obras que falem da realidade mato-grossense, que revelem aos alunos as belezas produzidas por escritores locais, que estimulem seu interesse pela cultura e a história do Estado.

Duas coleções de livros que estão sendo lançados pela Carlini & Caniato Editorial têm a proposta de preencher esta lacuna. São obras que trazem interpretações de personagens anônimos sobre a história do Estado e do Brasil, além de textos em prosa de grandes escritores, desconhecidos ou não, mas que, por diversos motivos, não freqüentam as salas de aula e bibliotecas das escolas mato-grossenses.

A valorização do que é local já começa no nome das coleções: Ipê Roxo e Aroeira. A primeira reúne narrativas sobre a história do Estado e do País contadas por quem vivenciou fatos marcantes e, muitas vezes, pitorescos. A proposta, segundo a pesquisadora Maria Cristina de Campos, uma das organizadoras, é proporcionar aos leitores momentos de reflexão sobre a História. "Pretendemos levar esses livros a instituições de ensino de jovens e adultos (EJA). No momento da leitura, as pessoas que com certeza devem ter um conhecimento de vida muito rico, talvez até possam relatar fatos nunca antes revelados".

O primeiro título lançado pela coleção - "O vôo nos garimpos da Amazônia", do ex-piloto Luiz J. Mendonça, sobre sua participação no desbravamento da Amazônia, na década de 70 - já foi, inclusive, adotado pelo EJA no Centro Federal de Ensino Tecnológico (Cefet) como livro paradidático.

A coleção Aroeira está resgatando textos importantes da Literatura regional. São textos em prosa de autores consagrados, reedição de obras importantes, mas também o trabalho de escritores promissores, porém desconhecidos.

"A Japa e outros croni-contos cuiabanos", com 27 textos do poeta, jornalista e escritor mato-grossense Benedito Santana Silva Freire, o Silva Freire, foi o primeiro da coleção a ser lançado. "Contos sem pontos", de Zelia Diniz, está em fase de preparação.

Como todo trabalho sério, o processo de elaboração dessas coleções não foi nada fácil. É o que explica Maria Cristina. "Houve um grande esforço para reunir todas as informações, buscar arquivos pessoais, fotos. Procedimentos densos, mas que proporcionaram momentos de extremo prazer".

Depois de tanto trabalho, o mais importante é a função social das coleções. "Na verdade, é um esforço em prol da divulgação da cultura mato-grossense, que anda tão esquecida nas escolas. Esta, aliás, é a linha de trabalho da editora em todas as suas publicações. É essencial que o estudante conheça, valorize, se identifique com a cultura local. Isso é a base para a formação de sua identidade social e política", opinou a editora Elaine Caniato, da Carlini & Caniato Editorial.


Mais informações sobre os livros das coleções Ipê Roxo e Aroeira: 3023 5714.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Circuito Silva Freire é aberto em Cuiabá

Num clima boêmio, no salão principal da Academia Mato-grossense de Letras, tendo em volta retratos dos grandes nomes da literatura regional como José de Mesquita, Francisco Antônio Pimenta Bueno e Barão de Melgaço, aconteceu a abertura Circuito Silva Freire, que teve como ponto alto o lançamneto do livro “A Japa e outros croni-contos cuiabanos”. O evento aconteceu na quarta- feira (3), às 19 horas.

Todos os que participaram do projeto de elaboração do livro demonstraram nas palavras e nos gestos o quanto estavam emocionados naquele momento em que tinham nas mãos o resultado de grande esforço e dedicação.

Entre eles, a viúva do poeta Silva Freire, Leila Freire e seus filhos.

O presidente da Academia Sebastião Carlos Gomes de Carvalho, comentou a homenagem e o próprio Freire. “Poucos foram tão expressiivos, o poeta telúrico, de linguagem avançada para o seu tempo. Um dos grandes poetas nacionais”, elogiou ele.

Leila Freire falou de uma maneira apaixonada e entusiasmada sobre sua história ao lado de Silva Freire do orgulho que sempre sentiu do marido, do articulador político e do grande escritor. “Fui testemunha do amor e da paixão dele por esta cidade”, disse.

Aqueles que se interessam pela obra de Freire podem se animar. ”Deixamos a obra dele aberta aos estudiosos, estudantes, teatrólogos porque é o encontro de uma nova geração e uma nova cuiabania, um mergulho nas referências culturais”, disse a viúva do poeta.

Para Larissa Freire, filha do autor, a grande importância do evento é mostrar para os jovens a literatura mato-grossense. “A UNESCO, que é parceira no projeto, valoriza muito este resgate”.
A professora Maria Cristina Campos, organizadora do livro, que tem 27 textos em prosa de Freire, achou interessante a forma como o autor explora a linguagem regional e os neologismos. “ Quando tive contato com a prosa dele, eu me encantei”, comentou Cristina. A paixão pelos textos do escritor é tanta que, no evento, a professora de prôpos que o Intensivismo fosse tombado como patrimônio histórico e cultural da cuiabania. “Espero que este livro chegue às escolas e que os alunos realmente o leiam”.

Elaine Caniato, da editora Carlini & Caniato, revelou que esta será a primeira de uma série de obras que serão lançadas. “A editora está com uma proposta de divulgar escritores regionais”, disse ela.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

SILVA FREIRE em prosa sai pela Carlini & Caniato Editorial




Advogado, jornalista, poeta, professor, um nome importante na história política do País, precursor da Poesia Concreta e um dos mentores do Intensivismo, movimento de vanguarda literária nacional cujo berço foi Cuiabá – este homem múltiplo é Benedito Sant'ana da Silva Freire, o Silva Freire.
Ele será homenageado com um livro que reúne 27 de seus textos em prosa, alguns inéditos, resultado de um trabalho de "garimpagem" feito pela pesquisadora Cristina Campos e publicado pela Carlini & Caniato Editorial. Título da obra: "A Japa e outros croni-contos cuiabanos".
O lançamento acontecerá no próximo dia 3 de setembro, no "Circuito Setembro Freire", evento em homenagem aos 80 anos do poeta que integra a programação do evento "Dias de Literatura, Arte e Música", promovido pela Academia Mato-grossense de Letras, onde Freire é um dos imortais.
A iniciativa do Circuito é do escritório da Unesco em Cuiabá, com o apoio de vários parceiros. O objetivo é divulgar a importância da obra de Silva Freire, fomentando o conhecimento da literatura mato-grossense.
O significado da pessoa e da obra de Silva Freire para Mato Grosso foi o que motivou a Carlini & Caniato Editorial a abraçar o projeto de publicação de "A Japa...". O editor Ramon Carlini destaca a singeleza e a simplicidade com que o autor manifestava seu amor por Cuiabá e sua gente, ao jeito característico de ser cuiabano. "Ele é, para mim, um dos escritores que melhor descreveu o cotidiano da cuiabania de seu tempo, registrando o seu amor pela cidade de Cuiabá, sua singela população e um tempo que não voltará mais. Foi, sem dúvida alguma, um escritor/cidadão afinado com as demandas sociais, culturais e educacionais de seu Estado".
A opinião é compartilhada por quem conviveu de perto com Silva Freire em outro papel, o de pai. Larissa Silva Freire confessa sua satisfação em ver publicados muitos dos contos que povoaram sua infância. "Cresci lendo estes contos, sempre me identifiquei muito com eles, pois falam da gente cuiabana. Com o livro, o público vai conhecer um Silva Freire diferente, que normalmente não é mostrado". Outro ponto importante para ela é o fato de o livro estar inserido na Coleção Aroeira, cuja proposta é publicar textos em prosa de autores reconhecidos e também jovens promissores da literatura mato-grossense, buscando, entre outras coisas, estimular o gosto pela leitura e a produção de textos literários nas escolas.
A identidade cuiabana, o registro etnográfico de um passado, a ingenuidade e a simplicidade da infância e juventude, bem como de pessoas simples, são características do trabalho de Silva Freire. Outro tema que permeia os croni-contos de "A Japa..." é a conservação do meio ambiente. "É uma discussão muito atual e que está presente em todos os contos", observa Larissa.

Família
Além do valor cultural inegável, o livro tem significados especiais para a família do escritor, que compartilha com o leitor textos que ficaram guardados durante muitos anos. Leila Barros Silva Freire, viúva de Silva Freire, confessa o prazer em abrir os "arquivos da memória" e trazer a público um pouco mais da obra do marido. "É muita satisfação, alegria e felicidade, principalmente por eu ter conseguido guardar por todo esse tempo os escritos de Freire e compartilhá-los agora. Pensei que seria muito doloroso abrir esses arquivos, mas não foi tanto quanto imaginei", ela comentou.
Falar do escritor ainda é difícil, admite. "Sempre fui uma grande admiradora dele. Freire era grande em tudo. Grande como poeta, grande como advogado, imenso orador, e imensamente grande como amigo. Ele amava as pessoas! Achava que todo mundo era igual a ele, de um coração imenso", recorda.

Os croni-contos
Que são croni-contos? Um gênero híbrido que reúne crônica e conto e demonstra a tendência do autor ao experimentalismo na hora de escrever.
Cristina Campos, pesquisadora e professora de Língua Portuguesa e Literatura, destaca a escrita "panorâmica" de Silva Freire, pela qual é possível penetrar no universo descrito. "Quando ele fala, por exemplo, do menino que ia pescar, descreve a planta com a qual fez a vara, o anzol, a isca, a beira do rio, é possível imaginar toda a cena, detalhadamente. A gente volta no tempo: sente os cheiros, as cores precisas, o vento... O bom escritor consegue esse efeito sobre a gente e Freire é um grande nome da nossa Literatura."
A pesquisadora chama a atenção para o fato de que Silva Freire é um dos primeiros autores mato-grossenses que voltou sua atenção para o social, não como uma literatura engajada, mas para registrar o cotidiano da cuiabania, valorizando sua tradição oral. "Ele possuía a habilidade de conviver com gente de todo tipo; circulava com desenvoltura por estratos sociais diferenciados registrando, pacientemente, detalhes que passariam despercebidos pela maioria. Por isso, um traço estilístico que o distingue é o caráter etnográfico de sua obra."
"A Japa e outros croni-contos" começou a ser gestado a partir de uma pesquisa feita por ela em 2007, reunindo textos pouco conhecidos, porém muito importantes do autor para "mostrar aos alunos a cuiabania". Como fontes, foram utilizados os arquivos do jornal Correio da Imprensa das décadas de 1970-1990, onde Silva Freire publicava seus textos; livros já esgotados, ilustrados e diagramados por Wlademir Dias Pino; revistas; e originais datilografados e de próprio punho disponibilizados por sua família. "Acho de suma importância ter a Cristina Campos e a Carlini & Caniato na organização destes textos, pois a Cristina trabalhou diretamente com Wlademir Dias Pino e estar com ele era como estar com Silva Freire", observou Larissa.
O resultado, segundo Cristina, é um panorama do estilo freiriano, marcado pelo registro do dialeto cuiabano e pelo experimentalismo, pela exploração de regionalismos, neologismos e sonoridades de poeta acostumado. Entre os temas recorrentes estão a infância e a adolescência, suas "danadezas" e descobertas. "As gerações anciãs certamente ficarão emocionadas ao ler estas páginas que pescam/presentificam imagens do passado, numa rede nervosa e semovente de signos. As novas se surpreenderão com o contraste de um tempo bem aí, no entanto tão longe e distinto, aparentemente", encerra ela no prefácio da obra.

Silva Freire - História
Benedito Sant'Ana da Silva Freire nasceu no município de Mimoso, em 20 de setembro de 1928, mas foi registrado em Cuiabá. Graduou-se em Direito pela Faculdade Cândido Mariano, no Rio de Janeiro-RJ, em 1959. Foi contínuo, auxiliar judiciário, escriturário, oficial de diligência substituto da Justiça do Trabalho, em Cuiabá, São Paulo e Rio de Janeiro; conselheiro da Caixa Econômica Federal, em Mato Grosso; delegado regional do SAPS e SENAM (extintos); professor do Departamento de Direito da UFMT; presidente do Tribunal de Justiça Desportiva da FMD (extinta); conselheiro, presidente da Comissão de Exame e vice-presidente do Conselho Seccional da OAB-MT; presidente do Instituto dos Advogados Mato-grossenses.
Foi também secretário geral da União Metropolitana dos Estudantes; presidente do Diretório Central dos Estudantes das Faculdades Independentes; diretor de Cultura da UNE; presidente do Teatro Universitário Brasileiro (1956-1959); diretor-redator da revista Movimento (1957-1959), da UNE; do jornal O Roteiro, da AME-MT; e da página universitária do jornal O Semanário, no Rio; membro do Clube de Poesia da cidade de Campos-RJ. Fundou o Grêmio Literário Lamartine Mendes, os jornais Arauto da Juvenília, Vanguarda Mato-grossense, Saci (1949) e Sarã (1951), em Cuiabá, e Japa, no Rio.
Escreveu para os jornais: Tribuna Liberal, O Social Democrata e Folha Trabalhista, de Campo Grande; O Momento, de Corumbá; Folha Mato-grossense, Correio da Imprensa, O Estado de Mato Grosso e revista Esquema, de Cuiabá.
Fundou e dirigiu os suplementos literários: Poemas e Letras, no jornal Equipe; e Proposta, no jornal Folha da Serra, de Campo Grande. Promoveu, com outros parceiros, eventos e peças de teatro, em Cuiabá e no Rio de Janeiro; como advogado, atuou em inúmeras causas sociais.
Serviço
"A Japa e outros croni-contos"

Edição: 1ª

Ano de Publicação: 2008

Nº de páginas: 176

Gênero: ContosE

ditora: Carlini & Caniato Editorial

Preço: R$ 29,80
Contatos:
Editora TantaTinta/Carlini & Caniato(65)3023-5714/5715 comercial@tantatinta.com.brhttp://editora-carlini-caniato.blogspot.com/

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Sertão Encarnado: Mais de mil pessoas já passaram pela exposição



Mais de mil visitantes já passaram pela exposição "Sertão Encarnado", instalada no Museu do Morro da Caixa D´água Velha desde o dia 20 de agosto. A exposição, que presta homenagem aos 80 anos de nascimento do escritor João Guimarães Rosa, reúne obras do autor e de outros três escritores cujas obras tiveram o sertão como tema: Graciliano Ramos, Afonso Arinos e Euclides da Cunha. Além de livros, 36 totens trazem trechos das obras dos autores, num trabalho do designer Flávio Vignoli, com ilustrações de Roberto Luiz Marques. Bordados que retratam o cotidiano do homem do sertão e objetos relacionados ao seu trabalho também fazem parte da exposição.


Por se tratar de uma exposição de Literatura, tem recebido principalmente estudantes, para os quais a visita dá continuidade ao conteúdo estudado em sala de aula. Mas, até o fechamento desta matéria, a procura era tão grande que só havia vagas para agendamento escolar nos dias 18 e 19.
Entre as visitas recebidas esta semana, um grupo de idosos do bairro Campo Velho se destacou. Ao todo 27 vovós e um vovô observaram tudo atentamente.


As mulheres ficaram encantadas com os painéis em bordado produzidos pelo grupo Estrela do Sertão, de Cordisburgo (MG), que também faz parte da exposição. Cordisburgo, aliás, é a cidade natal de Guimarães Rosa.
Ana Rosa Moreira da Silva, de 88 anos, mostrava-se emocionada porque passou a infância na cidade de Santana dos Brejos, na Bahia. "A exposição está maravilhosa. Olho para os painéis e me lembro do meu tempo de criança lá na Bahia, do meu pai e da minha mãe", comentou.

Jonas Gonçalves Sampaio, 68 anos, cuiabano "de tchapa e cruz", como ele mesmo diz, dedicou uma atenção especial a objetos como o chicote, que fazem parte da rotina do homem do sertão, e demonstrou total satisfação ao falar do evento. "Está tudo muito interessante, é bom conhecer a cultura de outros lugares e, do jeito que está organizado, dá para entender bem os assuntos."
Sua irmã, Albertina Sampaio de Morais, de 73 anos, estava entusiasmada. Ela disse que vai voltar à exposição com os filhos e netos. "O mundo está evoluindo e é bom os jovens e as crianças conhecerem as histórias e a cultura de outras regiões. Para mim é importante. Espero mais exposições tão boas quanto essa", disse a sorridente dona Albertina.

Turistas

A exposição está inserida no roteiro turístico de Cuiabá, tendo recebido turistas de várias partes do Brasil, entre elas a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, e até da cidade suíça de Genebra. Esta semana, visitantes de Brasília e Campo Grande, que se encontravam em Cuiabá a trabalho, passaram pelo museu. A administradora Marcília Maria Augusto, uma mineira que vive em Brasília, achou tudo "muito interessante". "É um espaço aconchegante, bonito. Gostei muito".

Revelar a história do País e da Literatura brasileira. Este é o principal papel da mostra "Sertão Encarnado" para o advogado Jânio Ribeiro Souto, de Campo Grande. "Muito bonita e rica esta exposição", disse ele. Também esteve presente no local a contadora brasiliense Lílian Costa, que se confessou fã e leitora de Guimarães Rosa, Euclides da Cunha e Graciliano Ramos. "Já li todas as obras expostas aqui. Transformar um reservatório de água em museu foi uma idéia muito interessante", elogiou ela.

A exposição "Sertão Encarnado" é uma realização da Via Social Projetos Culturais e Sociais, com produção da Acênica (Associação das Artes, Comunicação e Cultura de MT) e da Editora TantaTinta. O patrocínio oficial é da Case Construction (fabricante de máquinas de construção e máquinas agrícolas). Em Mato Grosso, o evento conta com a parceria institucional do Governo do Estado e da Prefeitura de Cuiabá, além da Atrativa Engenharia e da Carlini & Caniato Editorial. A viabilização é do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.


A exposição estará aberta à visitação pública até 19 de setembro, das 9 às 12 e das 14 às 18 horas, de terça a sábado. Informações e agendamento escolar: (65) 3023-7829.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Exposição "Sertão Encarnado" é aberta com presença de artistas e autoridades


A exposição "Sertão Encarnado", aberta na noite desta quarta-feira (20) no Museu do Morro da Caixa D'água Velha, atraiu escritores, artistas plásticos, jornalistas, produtores culturais e autoridades do setor cultural de Cuiabá e Várzea Grande.Mais de 300 pessoas compareceram ao local para conferir a exposição, que presta homenagem ao centenário de Guimarães Rosa promovendo o encontro de sua obra com outros três escritores que fizeram do sertão tema de suas obras, Euclides da Cunha, Afonso Arinos e Graciliano Ramos.


Henrique Godoy, diretor da Via Social Projetos Culturais e Sociais, entidade mineira que traz a mostra para Cuiabá, abriu o evento falando sobre como a mostra, que circula por várias cidades de Minas Gerais, veio parar em Cuiabá. "Eu e o Ramon Carlini tínhamos uma amiga em comum em Belo Horizonte, mas não nos conhecíamos. Um dia, ao saber da exposição, ele veio ao meu escritório e disse: 'Eu quero esta exposição em Cuiabá' e eu disse 'É claro!'", conta ele. De lá para cá, parceiros como as secretarias municipal e estadual de Cultura se agregaram ao projeto. Para Henrique, o contato com a obra dos escritores permitirá que os visitantes conheçam o sertão e seus personagens. "Conhecer o sertão é conhecer o Brasil".Também esteve presente na abertura o secretário estadual de Cultura, Paulo Pitaluga, que elogiou o fato de a exposição trazer para Cuiabá um pouco da cultura nacional. "Muitas vezes, ficamos arraigados à cultura local, ao cuiabanismo e esquecemos da cultura nacional", observou.


A suave trilha musical de Wera Capilé e Abel dos Santos embalou os presentes no coquetel de lançamento da exposição. Entre eles o produtor cultural Paulo Traven, que avaliou a mostra como "primorosa".O jornalista Lorenzo Falcão foi um dos primeiros a chegar ao evento e visitou-o antes mesmo que fosse aberto ao grande público. Chamou sua atenção a iniciativa de 'casar' Literatura e Artes Plásticas, presente nos trabalhos do designer mineiro Cláudio Vignoli. Nos totens, o artista aplicou trechos de obras de autores, junto a ilustrações com motivos do sertão, complementadas por objetos utilizados pelo homem sertanejo, fotos e bordados feitos por tecelãs da cidade natal de Guimarães Rosa, Cordisburgo, em Minas Gerais. "A imagem que temos do escritor é de alguém isolado, solitário. Ele nunca está presente no momento em que sua obra é usufruída pelo público. Esta exposição torna esta relação mais democrática.


A Literatura precisa sair dos livros e chegar ao povo", disse ele.Outro entusiasta foi o poeta Aclyse de Matos, que destacou a adequação do local à proposta do evento. "Toda exposição que aproxima a Literatura do público é muito bem vinda. Aqui, no nosso sertão, na nossa seca cuiabana, é adequado que venhamos ao Museu da Caixa D'água Velha para beber desta fonte, buscar a riqueza destes autores".


A exposição "Sertão Encarnado" está aberta à visitação escolar, feita por meio de agendamento. Já no lançamento, alunos da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, do bairro Jardim Colorado, estavam presentes, observando e anotando o que viam em quadros, totens, fotos e outros materiais. As anotações visavam apreender um conteúdo antes só visto na teoria e que posteriormente será objeto de uma prova em sala de aula. Foi o que explicou a professora Telma da Costa Santana. Docente em História, ela considerou a exposição uma ótima forma de os alunos conhecerem o Museu da Caixa D'água Velha e saber um pouco mais sobre a Guerra de Canudos, tema do livro "Os Sertões", de Euclides da Cunha. "Esta é uma aula diferente, além de uma oportunidade única de visitar uma exposição deste porte", elogiou ela.


A exposição "Sertão Encarnado" é uma realização da Via Social Projetos Culturais e Sociais, com produção da Acênica (Associação das Artes, Comunicação e Cultura de MT) e da Editora TantaTinta. O patrocínio oficial é da Case Construction (fabricante de máquinas de construção e máquinas agrícolas). Em Mato Grosso, o evento conta com a parceria institucional do Governo do Estado e da Prefeitura de Cuiabá, além da Atrativa Engenharia e da Carlini & Caniato Editorial. A viabilização é do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A exposição estará aberta à visitação pública até 19 de setembro, das 8 às 12 e das 14 às 18 horas, de terça a sábado. Informações e agendamento escolar: (65) 3023-7829.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Centenário de Guimarães Rosa - Encontro de gigantes da literatura brasileira



Um encontro entre quatro dos maiores escritores brasileiros do século 20 está marcado para acontecer entre os dias 20 de agosto e 19 de setembro, em Cuiabá, mais precisamente no Museu do Morro da Caixa D’Água Velha. É a Exposição Sertão Encarnado, que está percorrendo o Brasil e chega à capital mato-grossense.


Deixar que os sertões sejam percorridos por olhares atentos, por pensamentos curiosos, pelo prazer da leitura, por passos espontâneos na busca de saciar a sede de conhecimento. Esta é a proposta da Exposição, que marca os 100 anos de nascimento do escritor mineiro João Guimarães Rosa reunindo o autor de “Grande Sertão: Veredas” com outros três grandes nomes da literatura brasileira. Todos eles igualmente tiveram o sertão como cenário-personagem de seus romances: Euclides da Cunha (1866-1909), em “Os Sertões”; Afonso Arinos (1868-1916), em “Os Jagunços e Pelo Sertão”; e Graciliano Ramos (1892-1953), em “Vidas Secas”.


Segundo o historiador e curador da mostra Leonardo José Magalhães Gomes, muitos outros autores exploraram o tema sertão, mas esses quatro podem ser considerados como os mais significativos, não só pela importância social de sua abordagem, mas também por serem aqueles que obtiveram o mais alto grau de realização estética. “Com suas obras, esses escritores mapearam as veredas sertanejas, cujo conhecimento é indispensável para termos uma idéia de nosso país”, sugere.


A programação visual da exposição, com 36 totens de 4 faces, totalizando 144 painéis, leva a assinatura do designer Flávio Vignoli e ilustrações de Roberto Luiz Marques. As características do sertão retratadas pelos autores estão representadas sob os temas Sol (paisagem, mito, vontade), Homem (vida, amor, morte) e Sombra (lida, coisas, fim). “O projeto museográfico foi desenvolvido a partir das considerações da curadoria para que esses temas tivessem uma maior conexão entre si e uma montagem narrativa não linear”, explica Vignoli.


Destaque também para a cronologia intercalada da vida dos autores, identificados por cores e tendo como pano de fundo os acontecimentos políticos e sociais mais importantes da nossa história, sobretudo a rebelião de Canudos.


Para os responsáveis pela produção do evento, o editor Ramon Carlini, da editora TantaTinta e o produtor cultural Eduardo Espíndola, da Acênica, a exposição, além de permitir aos mato-grossenses conhecerem um pouco mais da vida e da obra de Guimarães Rosa e dos outros três gigantes da literatura nacional, exalta o sertão, que para Mato Grosso é uma identificação muito forte. Ressalta ainda a importância da realização desse projeto e da parceria que o viabilizou. “A participação das secretarias de Estado e Municipal de Cultura tem sido fundamental.


Essa exposição consolida Cuiabá e Mato Grosso na rota de grandes eventos nacionais do gênero, permitindo aos cuiabanos e mato-grossenses conhecerem mais sobre a vida de Guimarães Rosa, Euclides da Cunha, Afonso Arinos e Graciliano Ramos”, complementou Ramon.Segundo Eduardo, a vinda da exposição será uma grande oportunidade para a população, em especial os estudantes de ensino médio, que poderão ver a história contada através da literatura, oferecendo uma viagem pelo Sertão, a identificação com o que lê e a possibilidade de fazerem suas próprias analogias. Com produção da Editora TantaTinta e da Acênica - Associação das Artes, Comunicação e Cultura de MT, a exposição Sertão Encarnado é uma realização da Via Social Projetos Culturais e Sociais, com patrocínio oficial da Case (fabricante de máquinas de construção e máquinas agrícolas).


Em Mato Grosso, conta com a parceria institucional da Secretaria de Estado de Cultura e Secretaria Municipal de Cultura, além da Atrativa Engenharia e Carlini & Caniato Editorial. A viabilização é do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.


As Escolas interessadas em visitar a Exposição podem agendar horário pelo telefone (65) 3023-7829. O horário de visitação será das 8 às 12 e das 14 às 18 horas, de terça a sábado.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Lançamento de livro reúne importantes personalidades da política mato-grossense


Da Assessoria


"Uma obra de extrema importância, que resgata a história de Mato Grosso". Assim o ex-governador e atual senador Jayme Campos definiu o livro "Prosas com governadores de Mato Grosso (1966-2006)", do historiador e economista Fernando Tadeu de Miranda Borges, lançado nesta segunda-feira (11), durante Sessão Solene da Assembléia Legislativa. A publicação, editada pela Carlini & Caniato Editorial, traz entrevistas com 14 governadores que administraram Mato Grosso entre os anos de 1966 e 2006.


Para Jayme Campos, a solenidade representou um momento ímpar, uma vez que conseguiu reunir 'grandes homens' da História de Mato Grosso. "Esta homenagem é muito gratificante. É muito bom saber que demos a nossa contribuição para que Mato Grosso chegasse aonde chegou", disse o senador, emocionado. "É uma homenagem justa àqueles que fizeram de tudo para o engrandecimento do nosso Estado", emendou o ex-governador José Garcia Neto, um dos homenageados da noite.


Durante a cerimônia, foram homenageados com a Comenda Memória do Legislativo os ex-governadores entrevistados pelo autor: Pedro Pedrossian, José Fragelli, José Garcia Neto, Frederico Campos, Júlio Campos, Wilmar Peres de Farias, Roberto Cruz, Carlos Bezerra, Edison Freitas de Oliveira, Moisés Feltrin, Jayme Campos, Dante de Oliveira, Rogério Salles e Blairo Maggi. Três mães, representando todas as outras mães dos entrevistados, cujos textos abrem o livro, também receberam homenagens: Amália Curvo de Campos, mãe dos ex-governadores Júlio José de Campos e Jayme Veríssimo de Campos, Maria Benedita Martins de Oliveira, mãe do ex-governador Dante Martins de Oliveira, e Lúcia Borges Maggi, mãe do governador Blairo Borges Maggi. Fernando Tadeu explicou que o livro é o relato de como cada uma dessas pessoas viveu e procurou corresponder às necessidades e expectativas do povo de Mato Grosso. "A proposta do livro é que cada pessoa faça sua interpretação. Realmente tudo valeu a pena", concluiu o autor, que agradeceu a todos os ex-governadores citando a percepção dele sobre cada um.


Segundo o presidente da Assembléia Legislativa, o deputado Sérgio Ricardo, o livro é um presente singular para toda a sociedade de Mato Grosso. "Neste livro, o autor ressalta a dimensão humana dos ex-governantes. E hoje a Assembléia Legislativa vive um momento especial tendo reunidas várias personalidades que marcaram a história de Mato Grosso e promoveram o bem comum. São pessoas iluminadas que fazem parte do nosso passado, do nosso presente e do nosso futuro", disse o deputado.


A pedido do governador Blairo Maggi, o ex-governador Frederico Campos, representou todos os ex-governadores homenageados. Campos lembrou que a administração de um Estado é formada por uma grande equipe e que, sem ela, nada é possível. "Em minha gestão enfrentei alguns desafios como o processo de divisão do Estado. Com isso, conseguimos dar uma nova vida à Mato Grosso. Tínhamos 100 mil habitantes em Cuiabá e 40 municípios no Estado para hoje somarmos cerca de 600 mil habitantes na capital e 141 cidades em Mato Grosso. Este sucesso é resultado de uma seqüência de trabalho", concluiu o ex-governador.


A cerimônia ainda contou com a presença de autoridades do Estado, estudantes da UFMT, membros do grupo da Melhor Idade e sociedade em geral.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Livro da Carlini & Caniato é recomendado pela Biblioteca Nacional



Da Assessoria

O livro “Água de Beber no Espaço Urbano de Cuiabá (1790 -1886)”, da historiadora Neila Maria Souza Barreto, está entre as recomendações da Revista da História da Biblioteca Nacional do mês de julho deste ano. Publicado pela Carlini & Caniato Editorial, o livro retrata a história da captação e utilização da água na capital de Mato Grosso. Filipe Monteiro, assistente de pesquisa da revista, recomenda a obra principalmente em tempo de discussões sobre a escassez dos recursos naturais.

Segundo Monteiro, a autora Neila Maria apresenta fontes documentais inéditas que revelam as políticas públicas utilizadas na época para o abastecimento de uma cidade inteira. “As fontes utilizadas fazem referência a um passado em que a água, ao contrário de hoje, era o único elemento democrático em uma sociedade apartada, saciando a sede de escravos, de brancos pobres e de representantes da elite”, ressalta Monteiro em sua nota, na sessão de livros da revista.

Filipe também recomenda a obra às gerações futuras por apresentar uma época em não havia qualquer restrição quanto ao consumo e, por isso, inspirava obras como chafarizes, fontes, bicas que se espalhavam pela cidade.

A Revista da História da Biblioteca Nacional é mensal e está em seu terceiro ano. Ela traz em seu conteúdo reportagens sobre livros e sobre fatos históricos, aborda temas como educação e ainda tem agenda e dicas sobre o que esta acontecendo no mundo literário brasileiro.
Mais informações sobre o livro pelo site http://www.editora-carlini-caniato.blogspot.com/ ou pelo telefone (65) 3023-5415.

Serviço
Título: Águas de Beber no Espaço Urbano de Cuiabá
Autora: Neila Maria Souza Barreto
Editora Carlini & Caniato
N.º de páginas: 160
Valor: R$25,00

Luís Gonçalves lança "O Plano Djibóia" em grande estilo



O lançamento do livro "O Plano Djibóia", do escritor e vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura, Luís Gonçalves, na noite do dia 27 de junho, foi um verdadeiro show de cultura. A festa, realizada no Instituto Várzea-grandense de Educação (IVE), foi marcada pelas apresentações da Banda do Governo do Estado de Mato Grosso, do Coral Mato Grosso, dos mestres do riso Nico & Lau e de DJ.

Quando escreveu o livro, Luís Gonçalves tinha como objetivo criar uma obra que pudesse zelar pelo linguajar e dar cor e vida à maneira simples do homem interiorano se expressar. "O tema agrada muito e as pessoas de identificam muito com as formas de falar e de expressar que eu trago no livro", contou o autor.

O secretário de Estado de Cultura, Paulo Pitaluga, acredita que é sempre muito importante resgatar a história de Mato Grosso. "E o Luís faz isso muito bem. No livro, ele retrata a história do antigo, do velho, em Mato Grosso, trazendo à memória um pouco da nossa história".

Para o coordenador do curso de Jornalismo do IVE, o jornalista Álvaro Marinho, eventos como este são de suma importância para a formação acadêmica. "Lançamentos de livros fazem parte do processo de formação do aluno. E a faculdade é um espaço totalmente adequado para eventos como este, por isso sempre apoiamos essas iniciativas", explicou o coordenador.

Sobre o livro

Em uma linguagem leve, engraçada e própria da região em que se passa a história, o Pantanal mato-grossense, Luís Gonçalves traduz em "O Plano Djibóia", lançamento da Carlini & Caniato Editorial, cenas comuns e assuntos delicados para que a população leia, goste e entenda.

"O Plano Djibóia" está em sua 4ª edição, desta vez pela Carlini & Caniato Editorial, que também publicará mais cinco obras do autor, sendo duas inéditas. São contos, novelas, crônicas e ensaios literários. "O Plano Djibóia" teve sua primeira edição em 1995 e deu a Luís Gonçalves o prêmio Mérito Cultural de Autores Brasileiros, no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Carlini & Caniato lança “O vôo nos Garimpos da Amazônia”



A editora Carlini & Caniato lançou na noite desta quinta-feira (3) a obra , “O vôo nos Garimpos da Amazônia”, do ex-piloto Luis Mendonça. A obra narra as experiências vividas por Mendonça durante seus 40 anos de profissão. O lançamento fez parte da programação do 24º Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães.

A fim de incentivar a leitura e divulgar os trabalhos dos escritores locais, o Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães mantém até domingo (6) uma livraria, que permanece aberta das 10 horas às 22 horas, aberta à toda a comunidade. O projeto é uma parceria entre a Livraria Adeptus e as editoras TantaTinta e Carlini & Caniato.

No espaço, além de exposição e comercialização de livros, estão sendo realizadas sessões de autógrafos com autores.

Confira o próximo lançamento:

05/07 (sábado), às 18 horas – Lançamento do livro “30 anos de Plano Diretor para o Turismo”, de Lúcio Costa, Maria Elisa Costa e Paulo Jobim.
Local: Livraria do Festival.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Carlini & Caniato faz tarde autógrafos com Juliano Moreno



O livro “O açougueiro”, do poeta Juliano Moreno, foi autografado pelo autor nesta terça-feira (1º), no Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães, no stand da livraria Adeptus, montado especialmente para o Festival.

O livro é fruto de um trabalho de aproximadamente seis anos do escritor Juliano Moreno. A obra foi lançada pela primeira vez em 2006 e reúne contos feitos desde 2000. A editora Carlini & Caniato está relançando a obra que, segundo o autor, não surgiu de um fato em si. “A história não vem da situação, mas de um certo sentimento de perplexidade que a situação deixa, porque literatura é isso...”, explica o escritor.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Livraria do Festival de Inverno promove sessões de autógrafos nesta terça


Livros serão distribuídos a crianças

Um ótimo programa para esta terça (1º) na 24ª edição do Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães serão as sessões de autógrafos promovidas pela Livraria do Festival, uma parceria entre a Livraria Adeptus e as editoras TantaTinta e Carlini & Caniato.

As sessões começam às 15 horas, com o autor Richard Mason, que autografará a série de livros infantis "As aventuras de mundinho, o quati curioso" e baterá um papo com os alunos da Escola Estadual Ana Tereza Albernaz, no bairro São Sebastião. Às 16:30, ele segue para a Escola Municipal Monteiro Lobato, próxima à piscina pública de Chapada. Em ambas as escolas, haverá distribuição gratuita de livros.

Mais tarde, às 19 horas, o poeta Juliano Moreno estará na Livraria autografando sua última obra, o livro de contos "O açougueiro".

A Livraria está montada na Praça Dom Wunibaldo, próxima à Igreja de Santana. Mais informações: (65) 3301 2045.

domingo, 29 de junho de 2008

Aecim Tocantins autografa livros em exposição literária

“O ingrediente cultural é o que dá forma ao um evento. As festas e os shows são passageiros, mas a cultura sempre permanece.” Palavras do professor e contador, Aecim Tocatins, sobre o Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães durante a exposição literária realizada pela Livraria Adeptus e Editora Tanta Tinta e Carlini & Caniato na praça central.

Em meio à noite de autógrafos do livro que conta a historia de sua vida “Da Contabilidade à Vida Pública”, escrito por Ivan Echeverria, Aecim elogiou a organização da exposição. “Há de se parabenizar essa inovação que trouxe um caráter mais cultural ao evento. Agradeço pessoalmente a Tanta Tinta e a Adeptus que patrocinaram esse espaço que valoriza obras de autores mato-grossenses”. Com emoção, também falou do livro. “É fascinante ter a nossa história contada ainda em vida. Ainda mais em um livro generosamente escrito pelo Ivan”, afirmou.

Ambos, autor e personagem, Ivan e Aecim, são professores e contadores. Eles falaram sobre como o livro surgiu durante os três anos e oito meses de pesquisas. “A princípio, o projeto era falar da história da contabilidade. Mas durante os nossos encontros o Aecim foi me contando tantos fatos, me mostrando tantos materiais, documentos e fotos que eu pensei: ‘Por que não falar sobre a historia da vida dele?’. Na hora, ele não aceitou, mas com muita conversa, nós encontramos um novo rumo para o livro”, lembrou o autor.

O livro mostra momentos da vida de Aecim em Chapada dos Guimarães. Como um foto do ano de 1991, onde Frei Oswaldo aparece na inauguração do Hospital Santo Antônio, com a participação de Aecim. As falas do contador sobre a vida pública de Chapada também são encontradas no livro. “Eu tenho ascendência chapadense, minha mãe nasceu na região e eu vivi bons momentos aqui”, relembrou o contador.

A exposição reúne uma coletânea de livros mato-grossenses e é realizada pela Tanta Tinta e pela Adeptus com objetivo de difundir as obras e valorizar os autores locais. “A cultura tem grandes manifestações: a música, o teatro, as artes plásticas, os livros e como diria Monterio Lobato ‘um país se constrói de homens e livros’ com essa frase podemos entender a importância de uma exposição como está”, finalizou o autor.

Carlini & Caniato lança livro de sua mais jovem autora em Chapada



A editora Carlini & Caniato lançou na noite deste domingo (29), na livraria do Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães, o livro “Compostela: a velha cadeira”, da estudante e escritora Stella Oliveira, de apenas 14 anos, a mais jovem autora da editora.

O evento faz parte de uma série de lançamentos que serão feitos pela editora durante o Festival, na livraria Adeptus, próxima à Igreja Nossa Senhora de Santana.

O lançamento contou com a presença da autora, vinda direto de Jaciara, onde vive, sua mãe, Cristine de Oliveira, e sua avó, Jussara de Oliveira.

O livro de poemas, que trata basicamente dos conflitos de uma adolescente com uma visão positiva, corajosa e surpreendente, atraiu a atenção do público que circulava pelo Festival de Inverno. A pouca idade da autora foi um dos fatores. É o que ressaltou a médica Mara Gracia Melo, que adquiriu um exemplar. Mãe de um adolescente, ela observa: “Me chamou a atenção por ela ser tão novinha. É muito raro jovens desta idade escreverem um livro, ainda mais nos dias de hoje”, disse ela, que pretende ler a obra para entender mais sobre “o que se passa na cabeça de um adolescente”.

Transformar conflitos pessoais em poesia. Este é um dos maiores méritos de Stela Oliveira. Ela própria conta que escreveu o livro para ajudar a si própria e às suas amigas. “Às vezes, a família quer ajudar a gente, mas não consegue porque não nos entende”, comenta, falando dos problemas de auto-estima que enfrentou.

Stella se confessou surpresa com a repercussão do livro que, segundo sua mãe, está tendo uma vendagem muito boa e uma grande repercussão em sua cidade, Jaciara. Para Stela, é surpreendente descobrir que problemas que pareciam afetar somente a ela encontrem eco em várias pessoas. “Eu achava que era a única pessoa que sofria disso e ouço pessoas dizendo ‘Nossa, esse texto sou eu. Eu sinto exatamente isso’. É muito estranho”, confessa.

Para o futuro, mais livros estão previstos, embora a jovem autora não queira entrar em detalhes. “Só posso dizer que vou escrever poesia e contos. E que os poemas criticam a índole humana”, adianta ela.

Mais informações: 3023 5714.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Lançamento de livro sobre a Amazônia reúne educadores



O lançamento do livro “Um Vôo sobre os garimpos da Amazônia”, do ex-piloto Luiz J. Mendonça e publicado pela Carlini & Caniato Editorial, reuniu professores e pessoas ligadas à educação e cultura na sala de professores do CEFET, na noite desta quinta (26). O autor do livro autografou os exemplares vendidos no local e falou da importância deste trabalho. “Nunca imaginei que lançaria um livro. Estou muito feliz e realizado por conseguir publicar o registro de mais de 40 anos de vôos sobre a região amazônica”, descreveu o autor.

O lançamento contou com a presença do diretor do CEFET, Henrique do Carmo Barros, que ressaltou a importância da inclusão de livros como os de Mendonça, que registram um pedaço da história do país, na coleção Ipê Roxo, uma seleção de títulos a serem indicados para adoção na Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Livros como estes incentivam a inclusão de autores regionais no EJA, que tem uma didática diferente. Além de incentivar as professores na produção de livros”, disse o diretor.

O livro narra a experiência de quarentas anos de vôos do piloto Luiz J. Mendonça sobre a região norte do país. As mudanças na floresta e a história da ocupação da Amazônia são alguns pontos trazidos na obra no autor, que também faz um apelo pela proteção da floresta.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Livro "Um vôo sobre a Amazônia" será lançado







A experiência de 40 anos de vôos sobre a Amazônia brasileira é o enredo do livro “O vôo nos garimpos da Amazônia”, de Luiz J. Mendonça, que traz no decorrer do livro uma descrição da história das transformações sofridas pelo norte do país. A ocupação, a demarcação e a degradação de um território rico em recursos naturais, em sua cultura e objeto de estudo e exploração por empresas, ONGs e ambientalistas do mundo inteiro. O lançamento do livro pela editora Carlini & Caniato acontece no dia 26 de junho, às 19 horas, na sala dos professores do Cefet.



“O vôo nos garimpos da Amazônia” faz parte da coleção Ipê Roxo e foi indicado como material paradidático da Educação de Jovens e Adultos – EJA, por abordar aspectos históricos, geográficos e literários em uma mesma obra sobre a maior floresta tropical do mundo.



O autor da obra, Luiz J. Mendonça, faz um testemunho sobre esses 40 anos de vôos na região amazônica. Desde o primeiro vôo, em julho de 1964 a Santarém (PA) até os dias de hoje, as mudanças deste ecossistema estão descritas no livro. “Quando iniciei era tudo mata fechada, não havia nada desmatado. Hoje a Amazônia está em extinção, está cada dia menor e os danos ao ecossistema são irrecuperáveis”, conta o autor.



Ele também destaca a importância da ocupação do Centro-Oeste e do Norte do País para a proteção do território. Segundo o Luis Mendonça, a ocupação na década de 70, tanto pelos militares como pelos colonizadores, foi essencial para evitar a perda da floresta para os estrangeiros. “Não é de hoje que outros países estão de olho nas terras amazônicas. A política de povoamento da região Norte realizada pelos militares foi essencial para a proteção das terras. Os militares e aviadores da Força Aérea Brasileira (FAB) percorriam a região, davam assistência à população e mostravam a todos que a floresta tinha dono”, relembra.



Outro ponto abordado no livro é a política indigenista vigente no Brasil. Para o autor, ela é falha porque dá terras aos índios, mas não dá condições nem instrumentos para que eles possam produzir e se sustentar. “Dar terras não resolve o problema. É preciso dar educação, saúde e meios para que possam produzir, evitando que eles sejam enganados e vendam os recursos da região”, conclui.



Quando o tema é preservação, Mendonça defende o não-desmatamento total da região. Para o autor, nenhuma árvore mais pode ser derrubada e o Estado precisa desenvolver alternativas para as famílias que hoje dependem da exploração da floresta. Sobre isso, ele é taxativo: “O manejo sustentável não existe. Mais nenhuma árvore pode ser destruída e o reflorestamento, com vegetação nativa, tem que começar imediatamente”.



Em um texto leve e de fácil leitura, Mendonça narra a metamorfose e como ela aconteceu ao longo dos 40 anos de profissão dedicados ao sobrevôo pela região. Uma verdadeira viagem no tempo.

O autor



Nascido em Taquaritinga-SP, Luiz J. Mendonça é piloto desde os 25 anos e em 1958 esteve pela primeira vez em Cuiabá. Seis anos mais tarde, fez seu primeiro vôo sobre a região amazônica, mais precisamente sobre uma região de garimpo em Santarém (PA).



Passou 40 anos de sua carreira dedicados a pilotar aviões na região norte do País. Neste período, viu muita coisa acontecer do Norte de Mato Grosso ao estado do Pará. Quedas foram seis ao longo da carreira, mas nada que o fizesse desistir daquilo que era seu sonho desde criança: voar.
Mendonça formou-se piloto no Aeroclube de Londrina e logo em seguida migrou para o norte do País, local onde viveu muitas aventuras, alegrias e tristezas, tudo ricamente contado nas páginas de seu primeiro trabalho como autor. O piloto está há quatro anos afastado da profissão, o que diz ser uma tortura. “Estou desesperado para voltar a voar”.