sexta-feira, 27 de junho de 2008

Lançamento de livro sobre a Amazônia reúne educadores



O lançamento do livro “Um Vôo sobre os garimpos da Amazônia”, do ex-piloto Luiz J. Mendonça e publicado pela Carlini & Caniato Editorial, reuniu professores e pessoas ligadas à educação e cultura na sala de professores do CEFET, na noite desta quinta (26). O autor do livro autografou os exemplares vendidos no local e falou da importância deste trabalho. “Nunca imaginei que lançaria um livro. Estou muito feliz e realizado por conseguir publicar o registro de mais de 40 anos de vôos sobre a região amazônica”, descreveu o autor.

O lançamento contou com a presença do diretor do CEFET, Henrique do Carmo Barros, que ressaltou a importância da inclusão de livros como os de Mendonça, que registram um pedaço da história do país, na coleção Ipê Roxo, uma seleção de títulos a serem indicados para adoção na Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Livros como estes incentivam a inclusão de autores regionais no EJA, que tem uma didática diferente. Além de incentivar as professores na produção de livros”, disse o diretor.

O livro narra a experiência de quarentas anos de vôos do piloto Luiz J. Mendonça sobre a região norte do país. As mudanças na floresta e a história da ocupação da Amazônia são alguns pontos trazidos na obra no autor, que também faz um apelo pela proteção da floresta.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Livro "Um vôo sobre a Amazônia" será lançado







A experiência de 40 anos de vôos sobre a Amazônia brasileira é o enredo do livro “O vôo nos garimpos da Amazônia”, de Luiz J. Mendonça, que traz no decorrer do livro uma descrição da história das transformações sofridas pelo norte do país. A ocupação, a demarcação e a degradação de um território rico em recursos naturais, em sua cultura e objeto de estudo e exploração por empresas, ONGs e ambientalistas do mundo inteiro. O lançamento do livro pela editora Carlini & Caniato acontece no dia 26 de junho, às 19 horas, na sala dos professores do Cefet.



“O vôo nos garimpos da Amazônia” faz parte da coleção Ipê Roxo e foi indicado como material paradidático da Educação de Jovens e Adultos – EJA, por abordar aspectos históricos, geográficos e literários em uma mesma obra sobre a maior floresta tropical do mundo.



O autor da obra, Luiz J. Mendonça, faz um testemunho sobre esses 40 anos de vôos na região amazônica. Desde o primeiro vôo, em julho de 1964 a Santarém (PA) até os dias de hoje, as mudanças deste ecossistema estão descritas no livro. “Quando iniciei era tudo mata fechada, não havia nada desmatado. Hoje a Amazônia está em extinção, está cada dia menor e os danos ao ecossistema são irrecuperáveis”, conta o autor.



Ele também destaca a importância da ocupação do Centro-Oeste e do Norte do País para a proteção do território. Segundo o Luis Mendonça, a ocupação na década de 70, tanto pelos militares como pelos colonizadores, foi essencial para evitar a perda da floresta para os estrangeiros. “Não é de hoje que outros países estão de olho nas terras amazônicas. A política de povoamento da região Norte realizada pelos militares foi essencial para a proteção das terras. Os militares e aviadores da Força Aérea Brasileira (FAB) percorriam a região, davam assistência à população e mostravam a todos que a floresta tinha dono”, relembra.



Outro ponto abordado no livro é a política indigenista vigente no Brasil. Para o autor, ela é falha porque dá terras aos índios, mas não dá condições nem instrumentos para que eles possam produzir e se sustentar. “Dar terras não resolve o problema. É preciso dar educação, saúde e meios para que possam produzir, evitando que eles sejam enganados e vendam os recursos da região”, conclui.



Quando o tema é preservação, Mendonça defende o não-desmatamento total da região. Para o autor, nenhuma árvore mais pode ser derrubada e o Estado precisa desenvolver alternativas para as famílias que hoje dependem da exploração da floresta. Sobre isso, ele é taxativo: “O manejo sustentável não existe. Mais nenhuma árvore pode ser destruída e o reflorestamento, com vegetação nativa, tem que começar imediatamente”.



Em um texto leve e de fácil leitura, Mendonça narra a metamorfose e como ela aconteceu ao longo dos 40 anos de profissão dedicados ao sobrevôo pela região. Uma verdadeira viagem no tempo.

O autor



Nascido em Taquaritinga-SP, Luiz J. Mendonça é piloto desde os 25 anos e em 1958 esteve pela primeira vez em Cuiabá. Seis anos mais tarde, fez seu primeiro vôo sobre a região amazônica, mais precisamente sobre uma região de garimpo em Santarém (PA).



Passou 40 anos de sua carreira dedicados a pilotar aviões na região norte do País. Neste período, viu muita coisa acontecer do Norte de Mato Grosso ao estado do Pará. Quedas foram seis ao longo da carreira, mas nada que o fizesse desistir daquilo que era seu sonho desde criança: voar.
Mendonça formou-se piloto no Aeroclube de Londrina e logo em seguida migrou para o norte do País, local onde viveu muitas aventuras, alegrias e tristezas, tudo ricamente contado nas páginas de seu primeiro trabalho como autor. O piloto está há quatro anos afastado da profissão, o que diz ser uma tortura. “Estou desesperado para voltar a voar”.

Livro retrata vida pantaneira com uma linguagem inusitada




Sou pantaneiro!!!! Assim Luís Gonçalves se define ao ser perguntado de onde é. Nascido e criado na região de Cáceres, Luís Gonçalves aprendeu desde pequeno a lidar com a vida simples na beira do rio Paraguai e hoje traz para as páginas de seu livro, Plano Djibóia, o retrato da vida do homem pantaneiro no seu dia-a-dia. Em uma linguagem leve, engraçada e própria da região em que se passa a história, o Pantanal mato-grossense, Gonçalves traduz em Plano Djibóia, lançamento da Carlini & Caniato Editorial, cenas comuns e assuntos delicados para que a população leia, goste e entenda. Aliás, este o grande desafio e intenção do autor do livro.


Segundo ele o importante não é escrever para poucos, com uma linguagem padronizada pelas regras da literatura que farda os livros às estantes. Mas sim fazer com que os leitores realmente leiam suas obras. "Não escrevo conformes as regras literárias, escrevo para ser lido e entendido. De que adianta ser um intelectual se as pessoas não lêem seu trabalho, não absorvem sua mensagem", diz o autor. Plano Djibóia está em sua 4ª edição, desta vez pela Carlini & Caniato Editorial, que também publicará mais cinco obras do autor, sendo duas inéditas. São contos, novelas, crônicas e ensaios literários.


O Plano Djibóia teve sua primeira edição em 1995 e deu a Luís Gonçalves o prêmio Mérito Cultural de Autores Brasileiros, no Rio de Janeiro. Na época em que o livro saiu, em 1995, o crime organizado estava em seu auge em Mato Grosso e este é um dos temas abordados no livro, porém que com a linguagem leve e bem-humorada do livro, o assunto, importante e delicado, ganha novos ares e a mensagem do autor é repassado com sucesso.


Além do crime organizado, a má distribuição de renda também é abordada nas páginas do livro. Luís, que também é publicitário e vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura, diz que aceitou o desafio de relançar suas obras porque acredita que o mercado necessita e tem capacidade para absorver seus trabalhos. "Não basta que o autor escreva, ele tem que chegar até o público, tem que se fazer presente. Este acordo com a Carlini & Caniato Editorial me possibilitará esta aproximação com os leitores por meio da publicação das minhas obras", explica Gonçalves.


O lançamento de Plano Djibóia é no dia 27 de junho no Instituto Várzea-grandense de Educação, IVE, às 19 horas. Outro lançamento será durante o Festival de Inverno em Chapada dos Guimarães, no dia 4 de julho, às 19h30, no Estande da Livraria Adeptus, no Espaço Cultural Frei Osvaldo.